domingo, 24 de março de 2013

E na pressa um acidente:atropelei palavras!
e o que era para ser doce,saiu pior que bacalhau sem dessalgar e com muito sal!
Estragou o prato,ouvi dizer que batatas tiram o excesso do sal...desejo então batatas,muitas para reavivar o sabor do que havia lhe preparado...com condimentos separados...
Tudo estropiado e só a vontade de socorrer as palavras soltas no sal!Cadê as batatas?
Eu só queria curar essas feridas das palavras atropeladas com mel,pétalas e as batatas...para tirar o ardume do sal...
sal mesmo,eu queria era do seu suor...e palavras soltas escorridas em mel,no nosso tempo...me dê batatas...

domingo, 17 de março de 2013


Tome esses registros de páginas que existiram.
Se afague na imagem que nunca foi.
Lembra-te eternamente do que jamais será...
De tudo,de ti,são só páginas empoeiradas e sujas de um batom
que seus lábios de ouro de tolo não poderão tocar nunca mais...

Sofra lentamente num veneno entregue por uma cigana na encruzilhada que seus pés trilharam em um caminho cuja direção é só em ti que existe e persiste.
Remenda-te com tecidos sujos de sua própria lama...
E suma!
Em suma,esses registros são só o que te resta.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Uma música.


Nos momentos de respiro,os fones no ouvido...

Conversas,a música...a melodia,os atalhos da memória que estavam cobertos com grama alta.

A música,ouvida muitas vezes,sem número,contada por suspiros.

Vários no dia.A música,os mesmos caminhos,revistos seriamente e profundamente por vezes seguidas como a música.O jardim clareou,o sol bateu,muito musgo...muita pedra escorregadia,aquele sap...o de guaraú voltou verde para meu jardim.

É preciso cuidado para esse jardim,com sol o musgo ganha sentido de vida para os fungos...Meus fungados já começaram,quem sabe é só respirar,farejar é com treinamento.

A música,o sorriso,a amiga do Bom dia com o dia do Amor.

A amiga feliz da vida com a brisa,com menos um sapo na garganta me dizendo de seu grito.

Os amigos do fim do dia.A profundidade do infante com a perspectiva de sua estante cheia de livros que nada dizem de tão importante.

O caminho da escola.A música.Agora é noite no jardim,amanhã ele ganhará mais uma música,ou a mesma ainda ouvida,pode ser que ele queira silêncio para descobrir como aspergir suas flores secas caídas.Talvez uma nova vida apareça no jardim, como um tronco cresce fora de um tempo depois de uma poda violenta.Floresça devagar e saudavelmente jardim,te faço uma prece,como música.

domingo, 11 de março de 2012

E eu enrolo o tempo...tenho assistido desenhos lindos...sempre as personagens dão um jeito de voar e eu fico a espreita do tempo...e do voo.e queimo...e então eu observo o tempo,observo a lua,observo meu ciclo...... ele sobe na mente e evapora...é o tempo esvaindo-se.E no fim,ele continua...vezes estático como um vaso chinês de uma tonelada...vezes móvel como as personagens que voam...e eu fico entre o fixo e o móvel.Agora,estou como?Eu queria ficar em silêncio,mas não consigo,tenho muitas coisas a dizerpara esse tempo fuleiro...E ai tempo,você vai ou racha?
Oração à teia do infinito
Teia sagrada,criada pelas mãos dos caminhos,permita que entre o maior dos embaraços,eu tenha calma para desenlaçar.Permita que o amor esteja eternamente emaranhado em minha fibra.... Permita que minhas emoções sejam enlaces apenas,e se parecer nó que eu não Tenha pressa,mas tenha competência para desamarrar.
Permita também,que essa fibra seja brilhante,para que eu sempre veja o próximo desenlace.Amém.
Venta o dia todo...estalos de hora em hora,galhos quebrando...de tanto a tarde uivar um tédio é dado da cabeça aos pés...são tantos deveria ser,pudera,quisera...e nada...galhos estalando...Visita toca,assim como o vento na janela...amores adentram...um começo de colorido paira naquela lágrima traiçoeira que descera ao som do aspirador de pó...garoinha fininha...um gemidinho interno...os quereres se despedem de mim na esquina...o vento levanta o vestido verde esperança...o colorido agora é dentro...entendo o ylê assim como entendo os dias de vento...a moradia minha recebe minha vida...Estou em casa.
De corpo e alma disposta...elos por definitivo cortados...suspiro de alívio,e ao mesmo tempo um aperto de quinze mil mãos me estrangulando...é com o tempo que reaprendo a respirar...eu sei que tudo é passageiro...e eu rodo sem parar...cabeça pião,coração de roda gigante.

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