sábado, 7 de novembro de 2009

eu incuravelmente melancólica,
disposta a pular e a saltar de um prédio, por ti, por mim
por sim por não,
recuperando me das feridas causadas, chorona pela vida e pelo orvalho da madrugada,
á procura de um amor pintado, escrito, desenhado, esculpido e fotografado por olhos
de quem olha pra longe do que se procura...
amante de olhares solitários e falas presas...
amante de quem quiser amar, homens mulheres flores cores cheiros e risos...
sentida por um amor que não existia e não gostava de samba
olhando sempre pela janela do ônibus e do vizinho
cheia de terapias que são a cura pra esse vicío de doença
doente de coração, remédio? não...o lance é sentir a dor...
o lance é esse...preciso de paz, preciso de tortura, preciso de...
é preciso...

sábado, 5 de setembro de 2009

conheci o abismo nas suas mãos
nossos dedos entrelaçados num abismo só
a tua corda bamba era o meu porto seguro...
te desejei...te desejo e ainda vivo no abismo
que se perdeu...
travessia infinita, horas contadas para não morrer de contar
segredos meus, sonhos e saudades suas...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

"e pela minha lei agente era obrigado a ser feliz"
tinha que ser assim...vamos tentar?
é mais fácil ter fé do que não ter, no fundo a fé tá lá dentro,agente tem que descobrir...
ser feliz é coroar as princesas que você escolher, ser feliz ás vezes é...agente não vê!
mas tá ai, aqui na minha frente!
uma lambida é mais sincera que um beijo!

segunda-feira, 30 de março de 2009

uma nova...

Meus amigos e pessoas que acompompanham o blog, cronos está me comendo!e por trás ainda...ando sem tempo pra novas postagens...mas nunca paro de escrever!Ano de TCC, imaginem a situação...mas tudo bem, isso logo logo passa...Essa nova postagem é um texto que especialmente gosto muito, quem puder leia!Beijos...


Gritei inúmeras vezes não olhar pra trás... Prometi não ceder ás massas de ar quente que poluiam meu corpo, me aqueciam e me abafavam.Propus cervejas á mim, com conversas maduras e promessas de não chorar e de não me lamentar e nem criar personagens, até prometi arrumar os armários e me defazer das relíquias que tinham valor somente ao passado;sem egocentrismos e nem fantasias quis me desfazer dos fetiches antigos tão arraigados ao meu útero que quase não os encontrei, pois havia me tornado toda fetiche.
Já tentei poesias concretas, as formas, as rimas, mas sou toda abstração e sem sentido e sem razão.
Enfiei o dedo indicador na boca e em seguida leventei-o ao céu pra saber a direção do vento, rezei para que fosse do noroeste, pois ventos do noroeste anunciam o verão. Nem percebi que o verão já havia chego sem o vento... mas ele já passou e agora é outono...

segunda-feira, 16 de março de 2009

eu...Feita pelo Jú!



Como é bom fazer amigos...

uma certa noite conheci um senhor chamado Junior e desde aquele momento essa pessoa tem se tornado um achado...sempre muito elegante e cavalheiro, me desenhou, me presenteou!

muito obrigada querido Junior!

sexta-feira, 6 de março de 2009

selo!

oba!
eu ganhei esse selo do querido professor Marcos!http://marcoseuzebio.blogspot.com/
eu ofereço o mesmo a todos os blogs que entrarem aqui e quiserem ter o selinho de qualidade literária...mas só o peguem se realmente seu blog for bom!
beijos a todos!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Foi.

Quando se esquece um grande amor é uma sensação indescritível e inefável que para poder relatar é preciso lembrar de como ele se instalou.As sensações já ditas por outras pessoas sempre parecem com as nossas, os olhares que se cruzaram, as coisas em comum se parecem com souvenires que durante a estadia do amor decorou o coração, mas o amor não tem decoro quando começa a desfazer se e mudar de local ou instalação...Quanta dor, quanto sofrimento entre uma ligação, um encontro ou um beijo, mas é necessário seguir a vida, perseguir o sofrimento e lembrar se de como ele veio.O meu veio por uma mesa de bar, uma conversa qualquer, um sábado à noite sem importância, que diga se de passagem foi um belo cenário; só não me recordo o momento exato que ele partiu, não sei se é sincero dizer que se foi com o lamento e a transpiração do corpo sozinho ou a transpiração do meu corpo acompanhado, mas ele foi.
Uma música é sempre uma armadilha para a lembrança voltar, um cheiro também, mas pior que isso é o gosto do primeiro beijo, esse mata!Parece que impregna nas papilas gustativas, em cada fissura da boca está instalado o frisson do beijo, adoraria dizer que foi o último dado pelo amor que se foi, mas as fissuras da boca pedem mais, entretanto o amor foi. Foi como pedra na chuva,como elipse em filme de Kieslowski, como carnaval depois de fevereiro, foi.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sobre florestas e anjos

Um amigo me deu uma folha com a seguinte frase: “Fui à floresta porque queria viver profundamente...E sugar a essência da vida! Eliminar tudo o que não era vida. E não, ao morrer, descobrir que não vivi”.Me disse com sua certeza costumeira “toma isso e coloca na parede de seu quarto” disse também de quem era a frase, eu não me lembro, me deu mais um monte de outros textos e um cd do Bowie (o único homem que me faz sussurrar de profundo desejo).
Tenho tido ótimas tardes com esse meu amigo, onde falamos, bebemos e fumamos e fumamos e fumamos...ouvimos alguns vinis, porquê só o vinil para dar conta de tamanha nostalgia de nada que temos. Melancólicos e esperançosos, acho que assim nos definiríamos, entretanto tenho tido noites de profunda melancolia e nada de esperança, mas me sinto bem, dentro do que considero bem. Muito bem.
Penso no casamento de uma amiga que será sábado agora e me imagino casando também...meu deus, eu jamais me casaria! Não dou conta nem desse ser enorme que me acompanha, que sou eu mesma, quanto mais de outro alguém com outro ser tão grande quanto o meu me acompanhando! Então penso novamente na frase do autor que não me lembro e penso que o que eu mais queria era visitar essa tal de floresta para sentir a vontade de viver profundamente...estou tranqüila, essa sensação de tranqüilidade não aniquila a minha vontade de não mais viver, mas também não ameniza, só estou tranqüila,em paz, mas não confundo isso com felicidade nem plenitude é só tranqüilidade.
Penso sempre no amor, penso em fidelidade e em desejos, em sexo, e acho que nada disso tem a ver um com o outro, penso às vezes em como teorizar tudo isso e então bato palmas e saúdo Lemisnki:os sentidos sejam a crítica da razão, essa é a única máxima que me recordo no instante, cansei de pensar.Quero sentir, sentir coisas que me dê mais prazer que tragar a fumaça do cigarro quando passo o dia sem fumar e então quando estou na noite, as mesmas noites de sempre das minhas férias acendo e trago, ah!se existisse onomatopéia convincente de orgasmo eu a escreveria aqui.Voltando a falar em sentir eu cansei de pensar, é, cansei,ás vezes uma cabeça tão cheia de pensamentos só quer a sensação do trago do cigarro ou de garoa fina na cara.
Quanto a minha leitura tenho lido muito e não terminado nada é a velha sensação de adolescente sozinha que não quer abandonar os livros, pois são seus únicos amigos.
Estou pensando em tudo que tenho escrito e sobre isso que escrevo agora, soa tão depressivo!mas o pior que não corto os meus pulsos, nem tomo vários tranqüilizantes, já pensei em me jogar de algum lugar, mas moro no térreo e morro de medo de altura, isso soa deprimente, mas é verdade! A verdade dói!
Quando penso na floresta do autor que não sei quem é,me recordo de uma imagem costumeira na minha infância,um bosque, sempre preferi bosques que florestas, apesar de bosques serem florestas pequenas, acho que é o mal do minimalismo.Recordo me de andar e encontrar um banco nesse bosque, de sentá-lo e nada mais fazer do que observar,será que nesse momento o meu corpo de criança queria apenas viver profundamente? Como uma criança vive profundamente? Nessa madrugada assisti um filme que uma criança se suicida, ela pensa que é um anjo, pois ouviu na igreja que os anjos são seres que habitam internamente, a coitada achando que encontrará seu anjo e suas asas se jogando de uma janela, morre, então penso:será a igreja uma apologia ao suicídio ou o pastor foi extremamente infeliz na sua metáfora de existência de anjos?apesar de que a criança estava meio perturbada com a sua própria existência, numa parte do filme ela se olha no espelho e com uma profunda tristeza diz que não se parece nem com a mãe, nem com pai e nem com ela,pintando seu rosto de branco,nesse momento eu achei a perfeita metáfora dos anjos e sua existência.Já pensei muito em anjos, principalmente quando minha mãe me mandava rezar pro meu anjo da guarda, não sei se acredito neles, tenho um livro que uma amiga me deu sobre anjos, nele eu guardo celulose, pra que elas não grudem ou então para ter uma boa energia na hora do uso, agora penso que não sei se acredito se eles existem ou não por medo de encontrar o meu anjo interior ou ter medo de altura.
Vou perguntar pro meu amigo se ele acredita, e se acreditar em algo que ele me diga o que é, perguntarei novamente o nome do autor da frase e me perguntarei quando que vou visitar alguma floresta ou bosque para que eu tenha a resposta se quero viver profundamente ou apenas viver.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O suicídio de Cézanne

A maçã na mesa
observa-se a luz
projeta-se a sombra
O desejo na lama
o não reconhecer-se.
Atravessa no escuro
a sua natureza
morta, morta
a sua natureza.
A travessa na mesa,
suas mãos no pincel,
A cor limitada
é o que se pode ver
A impressão fundida
no escuro.

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