sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Foi.

Quando se esquece um grande amor é uma sensação indescritível e inefável que para poder relatar é preciso lembrar de como ele se instalou.As sensações já ditas por outras pessoas sempre parecem com as nossas, os olhares que se cruzaram, as coisas em comum se parecem com souvenires que durante a estadia do amor decorou o coração, mas o amor não tem decoro quando começa a desfazer se e mudar de local ou instalação...Quanta dor, quanto sofrimento entre uma ligação, um encontro ou um beijo, mas é necessário seguir a vida, perseguir o sofrimento e lembrar se de como ele veio.O meu veio por uma mesa de bar, uma conversa qualquer, um sábado à noite sem importância, que diga se de passagem foi um belo cenário; só não me recordo o momento exato que ele partiu, não sei se é sincero dizer que se foi com o lamento e a transpiração do corpo sozinho ou a transpiração do meu corpo acompanhado, mas ele foi.
Uma música é sempre uma armadilha para a lembrança voltar, um cheiro também, mas pior que isso é o gosto do primeiro beijo, esse mata!Parece que impregna nas papilas gustativas, em cada fissura da boca está instalado o frisson do beijo, adoraria dizer que foi o último dado pelo amor que se foi, mas as fissuras da boca pedem mais, entretanto o amor foi. Foi como pedra na chuva,como elipse em filme de Kieslowski, como carnaval depois de fevereiro, foi.

6 comentários:

William Dubal disse...

O problema é o medo de voltar a presenciar a ida, mas, ao mesmo tempo, estamos presos pela espera de uma sempre nova chegada: de novos beijos, músicas e cheiros. E como é boa a chegada, mesmo na iminência de mais uma ida!

Beat disse...

Meses antes de falecer, mesmo muito debilitado, meu saudoso avô me disse que "amores virão"... eles se vão mas sempre voltam, os erros se repetem, os medos também, mas eles sempre vem. É quase inevitável.
E quer saber? Fazer o quê? As coisas não são e nunca vão ser do jeito que gostariamos que fossem.
É isso...

crônicas de quando voamos... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mari disse...

Amar nem de longe é fácil, dá medo, deixa angustiado...as vezes vão embora...mas quando voltam é tão bom...

rafael andolini disse...

bem vindo ao mundo de arroz e feijão!

Marcos S. P. Euzebio disse...

Ju,
eu de dei um selo... Ops!
Dê uma olhada no meu blog que você vai entender.
Agora, é sua vez.
As regras são:

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