terça-feira, 30 de dezembro de 2008

último dia do ano então lá vai:
espero que nesse novo ano

a espera seja doce...

domingo, 7 de dezembro de 2008


Tenho me visto tão noturna, a mim mesma,
que procuro não ter tempo pra me ver...
Tenho me visto tão imperfeita que nem a Hilda saberia explicar...
Tenho me visto procurando não ter soluções para responder pequenas respostas.
Minha trilha tem sido trilhar por essa mulher que tanto amo Nina Simone (e olha que engraçado minha mãe também se chama Nina!)pois bem, tenho um caso de amor com essa mulher... a voz dela tem entrado em todos os meu orificios, tem mexido com todos os meus orgãos!Tenho feito "coisas" com ela de fundo!Todas as "coisas" possíveis...que voz...que vida...que movimento...
que Nina, que Nina... para fechar esse meu relato posto a poesia de Priscilla do Céu,querida amiga a única que conseguiu falar e dizer sobre o que eu sinto com a Nina Simone.

me nina simone
me nina na lua
menina de ninar,
me nina , me nina simone
me nina no luar
na noite menina
a sina da menina
na fina noite me nina...
me nina simone

me alivia

a dor que não passa

e o tempo , que não pára

Priscilla do Céu


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Eu disse,

eu falei,

eu gritei,

recolhi todas as folhas

do meu quintal,

as joguei no chão novamente...

é verão de novo, assim como foi antes...

é ardendo de novo

que estou,

é pedindo de novo,

é vivendo de novo,

as mesmas coisas de sempre...

você:

se negando de novo,

com medo de novo,

se recolhendo de novo,

as coisas no chão

eu...sem poder fazer nada...

de novo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

quem entende...

-Me descreva exatamente o que sentiu.
-Me senti amado e importante na vida de alguém.
-E como foi se sentir amado?
-Estranho...Pensei em como seria.
-O que?
-Nós dois.
-E o que pensou?
-Pensei que seria bom e intenso.
-Bom e intenso...
-Forte.
-Lascívo...
-O que é lascivo?Pensei em aprender a amar...
-Procura no dicionário,mas foi uma dúvida forte?
-Foi.

sábado, 15 de novembro de 2008


Nesses momentos de nevoeiro total,
de trip bad down, o
que nos resta é esperar o nó no peito amenizar,
afrouxar, respirar um pouco e voltar aos mesmos
momentos de nevoeiro total...curva escondida...
vodka na mão, uísque na outra,
vontade de fumar, mas não posso largar os copos...
o cigarro já tem poesia,
a bebida me faz sentir a poesia das noites
perdidas em sons perdidos com pessoas perdidas.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ao homem que mudou minha vida...
Nem Jim com "Raiders on the storn", nem kurosawa com "Sonhos", nem John Fante com "pergunte ao pó" nem Piva com suas poesias mirabolantes, nenhum desses homens me tocaram tanto como um cara chamado Daniel que conheci em meados de 2000 e pouco...acho que 2002, não sei ao certo, por quê quando alguém entra de sopetão na nossa vida o tempo pára...
mas volto ao relato desse tal de Daniel, ele um homem sério com jeitão de menino mineiro, meio calvo, um sorriso largo e uma doçura encantadora, eu uma menina sem muitos atrativos, adolescente sem nenhuma causa para tanta melancolia, mas mesmo assim melancólica, tentando esconder tudo isso, os atrativos minímos e a melancolia máxima com brincadeiras...sem graça.
Mas um belo dia ele conta sobre uma tal de Clarice, ela boba não compreende que aquela Clarice, a Lispector, mudaria sua vida e quem a apresentou para uma longa amizade foi o homem com jeitão mineiro e etc e junto com essa descoberta maravilhosa ele apresentou também o Vinicius,esse mesmo o Moraes, e apresentou um caderno seu com poesias tão belas quanto todas essas descobertas que ela teve...entretanto um relato de uma história verídica não é só com coisas lindas tem as tristezas e desventuras...de todas essas descobertas que ele a apresentou ela não se deu conta de que tudo isso havia tocado de uma forma inefável, que isso efetivamente a havia mudado e então ela nunca pôde lhe dizer que ele a mudou, que ele era o homem que havia feito ela descobrir seus sub-sub-ultra subterrâneos...que ele era o homem que mudou a vida dela...que ele foi o homem que a fez voar por essa tal de poesia que ela tanto ama...
Canto para Minha Morte (Raul Seixas e Paulo Coelho)

Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida.

sábado, 8 de novembro de 2008


Alguma coisa acontece no meu coração...mas não é quando cruzo a Ipiranga e a avenida São João...não é mesmo...lendo as poesias magníficas de uma grande amiga que conheci numa noite mais magnífica ainda a Priscilla, me deparo com a idade da emoção, que raios de sentimentos...
angústia maldita,coração em meio a labirinto de fogo,salamandras irônicas a me observar...
ouvindo Caetano faço a tal da "oração ao tempo" clamo por Oxalá,Iansã, Xangô para que todos movimentem logo o tempo, a vida pra passar, pra eu passar...flores, os cheiros, tudo me perturba...tempo, tempo, tempo...
O som na parede...
A tinta, o concreto,
A palavra, o som na parede
Ecoa...

Primavera patenteada
As flores registradas,
As folhas hipotecadas...

sozinha...dinamite do pensamento...
ecoa do meu lado esquerdo...


explicando:essa poesia poderia ser lida como hai kais, mas na hora da postagem achei que poderia ser apenas uma, com várias outras!leia como quiser!

domingo, 2 de novembro de 2008















procurar desenhos em nuvens não tem graça
procurar nas poças se encontram poemas...
Sou qualquer uma
A parte aleijada
Da costela de Adão
Prima,irmã de Caim

Os músculos tensos de suas costas
A parte enrugada debaixo
Dos seus olhos fundos
A ninfeta amorfa

O resto de vinho
Do canto do teu lábio
O pedaço de folha seca do teu fumo

Sou qualquer uma
Menos a que te faz
Gritar,cintilar,adormecer.
Quem sou eu?
O tempo
com diabruras
constituído dos versos mortos
Talvez o rascunho
Das partituras rasgadas,
Óperas desconhecidas
Quem ouviu a melodia?
Era uma nota falsa?
Não, era mi menor.

sábado, 1 de novembro de 2008

É incrível e sedutora as coisas que nos acontecem quando decidimos abrir as portas quando estamos em dúvida,parafraseando com todo respeito o grande gênio Leminski...tenho me visto suportável esses últimos tempos...por quê será?
Juro que não sou pretenciosa a ponto de querer saber quem eu sou...pois acho que é demais saber quem somos...acho essa pergunta tão coisa de gente feliz, porque sigo a risca a lição da Maysa,"Felicidade é coisa de gente burra"! e ainda acrescento a exclamação!.
Claro que tudo é possível, até um dia me descobrir por inteira e ver que sou feliz e burra,descobrir que sou uma sonhadora que logo saio da corda bamba...enquanto isso flerto com o acaso e a alegria momentânea, flerto com o vinho barato, as conversas profundas sobre as coisas superficiais e abrindo as portas corro do cachorro que pode estar no meu quintal...
dependendo de onde ele morder até me excito, adoro que me mordam,puxem meus cabelos, puxem meu sentidos e me inebriem mas, quando saírem de minha vida saibam que em seguida as portas e janelas se abram para novamente o quem sou eu, a felicidade de gente burra saia, façam um passeio e aconteçam de novo...de novo, e sempre nova...e então me encontro na porta de um novo alguém,quando ele sair abro as janelas e assim abro tudo o que eu puder pra esquecer, inclusive as pernas.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fodí a noite toda
Até a noite virar dia
E no meio da foda pensei
Quão bela a vida seria
Se as pessoas todas gozassem
Num esporro de alegria
Ao invés de continuarem fodendo
Suas próprias vidas vazias
(Beat)
O Beat é foda!
Eu li em algum lugar o seguinte:"Amor vem de amor."achei lindo, mas não entendi...
me parece que existem certos sentimentos que partem daquele lugar mais desconhecido pelo o estranho que tem dentro de nós...e como se não bastasse ele vem e fica, custa ir embora, mas quando vai é um adeus tão nostálgico pelo que ainda não foi, que parece ainda estar lá...é confuso!Assim como o Amor vem de amor...eu não sei, e não quero saber, a árvore que tem perto da minha janela floresceu uma só vez nessa primavera e eu me lembrei tantas vezes do amor que ainda me tinha...eu não sei se ainda o tenho, mas de qualquer forma ficou a lembrança próxima, assim como a árvore perto da minha janela que floresceu uma vez só...nessa primavera...
existem coisas que só entendemos quando escrevemos...é necessário o desenho das palavras para que os sentimentos se atualizem...
Eu juro que amo poesia...muito...mas ás vezes tenho uma certa resignação
em falar das minhas...eu sei, é preconceito, mas poesia é sempre a máxima da alma...
eu ñ quero ser sempre máxima...nem mínima...tô aqui, com medo do que possam ler sobre mim, afinal essas palavras são o meu EU, sem deprofundis mas é!
Se conseguir me leia,entretanto nem sempre aquilo que parece, é!
Até o cheiro do meu sexo
lembra-me de como invadia minha alma
Ao seu lado nunca me senti humana
Era uma força o teu membro
enrijecido sobre minha psiquê...
Desossava a ponte dos meu eus.
Sangrei, mas esse sangue era amorfo, estranho,
insípido, cada passo que sinto dar
não me leva a lugar algum...

uau!essa poesia é muito antiga...foi de uma paixão que me matou!
mas agora é uma das minha favoritas...a paixão não é o meu favorito,mas não me arrependo...
foi linda e tortuosa, mas enfim...passou...

Pintei a minha dor
como quem grita...
a minha saliva serviu de contraste
para as cores
das emoções dos sofrimentos...
Existo...e isso me basta
me engano e me confundo
com os aromas que já senti.
Pintei a minha dor com a minha saliva...
meu paladar é colorido!
Resolvi me expôr...ufa!

se vc entrou aqui pensando que minhas poesias são para críticas CAIA FORA!

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